terça-feira, 21 de agosto de 2007

Masters of Horror: Imprint - 2006

Em 2006, na primeira temporada desta da série Masters of Horror, Takashi Miike foi convidado para rodar um filme. É claro que nestas coisas há mestres e mestres e Mestres. Miike parece pertencer, cada vez mais, à última categoria. Já afirmei, não aqui, que acho o Miike-san um dos realizadores mais livres da actualidade, e neste episódio volto a afirmá-lo. Christopher (Billy Drago que, não sendo um actor excepcional, tem um rosto que não se esquece, é sempre Aquele secundário) é o único actor americano num cast japonês. Vai ele, portanto, para uma ilha à procura de uma prostituta que em tempos conheceu, e por quem se apaixonou, e apercebe-se mais tarde que foi ter ao lugar errado, pois ela já não se encontra no purgatório, mas sim no céu. Uma prostituta (Youki Kudoh, excelente actuação), que é por ele escolhida para o servir nessa noite, vai lhe contar a sua história de vida e a da sua amiga Komono, a prostituta por ele procurada. A prostituta conta-lhe então duas versões da história da sua vida porque ela tem dupla personalidade (e esperem até ver como ela se vai manifestar), no entanto a história de Komono só tem uma versão, um só final: a morte. Christopher, encharcado em sake, vai duvidando das palavras dela, obrigando-a a contar a verdade ou, com o arrastar do tempo, as verdades.
Não vos alimentando mais com a intriga aconselho-vos a ver este filme de horror, não só pela cena da tortura que ultrapassa em muito o kiri kiri kiri kiri do Audition, mas também porque Miike sabe que especialmente nestes filmes a atmosfera tem que ser verdadeiramente tenebrosa (pois há quem não compreenda isso… Eli Roth I’m talkin’ to ya.) Passando-se, praticamente, toda a acção dentro de um compartimento (só lá não estamos no início, na chegada de barco de Christopher ao purgatório, nos múltiplos flashbacks, que se confundem com o tempo presente (aliás, entram mesmo por ele adentro), e no final (SPOILER!!), no inferno.)

Takashi Miike tá lá em cima com os Mestres (e não é de agora.)

Mais uma boa review à coisa aqui.

E eu, que tremia, a pensar que o antídoto para as Vomit Girls teria que vir sob a forma dum filme das Olson Twins. Miike devo-te mais uma.

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