
A Robert Wise nunca foi dado grandes méritos, costumam-no colocar depreciativamente no saco dos tarefeiros (poderão até estar certos pois não vi a maior parte dos seus filmes), mas méritos certamente terá, pois não é qualquer um que sabe tirar tão bom partido de um scope como ele o fez neste filme. Os picados, picadíssimos, e os contra-picados, picadíssimos também, mostra que as experimentações de Orson Welles lhe fizeram efeito(s). Especialmente aqueles planos memoráveis do interior da mansão dos magníficos Ambersons, e claro a mansão de Charles Foster Kane.
Para mim, Wise merece um digno destaque, para o bem e para o mal (foi ele o moço que teve de mutilar a segunda obra de Welles, filmando um horrível happy end, a mando da produtora RKO), pois soube juntar neste filme os ensinamentos de Welles com os mandamentos do produtor de horror Val Lewton (a sua primeira longa metragem foi The Curse of the Cat People, que nunca vi, continuação do genial Cat People de Jacques Tourneur.)
Só por este filme Wise merece destaque?, perguntam-me vós. Não!, vos respondo, o que é que ele fez dois anos depois?



…não necessariamente assim, mas anda por lá.
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