Pois bem, Wong Fei-hung (Jackie Chan) é um empertigado, mas talentoso, lutador que se envolve constantemente em tricas. O seu pai, que já não o atura, encarrega o seu tio, o Drunken Master (Siu Tien Yuen), de discipliná-lo. Ele, claro, não está para isso. Certo dia, numa luta, é humilhado por um mestre que só não o mata por condescendência. Lá volta ele para o bêbado tio para aprender, por simulação, as lições dos maiores mestres bêbados.
E nessa simulação reside aquilo que une muitos dos filmes de kung-fu, pois é frequente ver-se grandes lutadores que, por arrogância, levam sovas daqueles que, por humildade, seguem os ensinamentos tradicionais. O cinema popular chinês sempre procurou essa vertente de educar os jovens através dos ensinamentos tradicionais (facto a que não estará alheio o regime comunista, especulo eu.) Mas neste filme joga-se uma cartada importante, mascarada de comédia, para inverter um pouco essa tendência, já que os vencedores são aqueles que, por disciplina, suportam uma g'anda piela (neste filme o álcool puro tem o mesmo efeito que os espinafres do Popeye.)
E falta referir o maior mérito do filme: as lutas - que, à imagem do posterior Lin Shi Rong (aka Magnificent Butcher), são ‘daqui’.
Jackie Chan é espantoso (e não só como comediante), Siu Tien Yuen faz-nos cair o maxilar superior, e Woo-ping c’est unique.
2 comentários:
Uma pequena grande maravilha, este clássico do Kung Fu. Jackie Chan em grande forma, Woo-Pin com coreografias e uma realização grandiosas. Isto é cinema de artes marciais num dos seus pontos mais fortes. E quem te emprestou este grande? Eh Eh
É de facto um filme FA-BU-LO-SO, com todas as sílabas excepto a penúltima. Em relação a quem mo emprestou... não sei... acho que o gamei mazé. Confirmaste se a caixa tem o dvd dentro?
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