sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Invasion of the bee girls - 1973

Um exploitation dos 70’s calha sempre bem. Denis Sanders é o homem do leme, Anitra Ford, Anna Aries e Victoria Vetri são as moças dos remos.
Algures numa terriola do interior dos E.U.A. andam a morrer uma série de homens durante o acto sexual (como um doctor por lá diz “imagine you’re going while you’re coming”). É então que entra em cena o agente Agar (William Smith, actor canastrão como se quer), enviado pelo estado para investigar a coisa. Envolve-se, como seria de esperar, com a doutora boa (nos dois sentidos claro, aqui não há doutoras “más”), deixando os outros marmanjos (os “machos” da zona) à mercê dos desejos da doutora má. Esta, a má, é uma cientista que, no seu refundido laboratório, faz investigação com abelhas e que, por mutação, é ela própria uma abelha rainha que instintivamente procura procriar, mas como é estéril acaba apenas por matar os machos que fornica (tal como as bee queens), não tendo capacidade para depois gerar fetos. Isto é a história. Agora vamos ao que interessa: as moças são boas, a pancadaria é uma tanga (quase não há), os efeitos especiais não são nenhuma especialidade. O que adianta ver isto perguntam vós. Além do flavor à seventies, há uma coisa que muito gosto: os olhos negros (ou as lentes contacto para o efeito, como queiram). Eles surgem geralmente quando as moças estão a fornicar (ou naquele ritual de baptismo de outras moças em bee queens, que envolve auto-carícias aos seios e outras delícias). Nos close-ups somos sugados para os olhos negros, tal como é sugada a vida daqueles homens. Se há algo tão assustador (ok, um pouco menos assustador, mas quase tão assustador) que uma vagina dentada, são aqueles olhos. Conselho de amigo: nunca se deitem com moças desse género, pois além de nos matarem não nos trazem descendência.

Voltando às auto-carícias gratuitas, outro ponto alto do filme, é vê-las de óculos escuros em plano americano (e assim se brinca aos cowboys) a desapertarem a vestimenta extasiadas com a congregação de uma nova súbdita. Ahh... e os créditos finais envolvem abelhas a polinizar ao som de ‘Assim fala Zarathustra’ de Richard Strauss (qual 2001 qual carapuça).

Agora atinem-se e, em vez de andarem à caça do próximo blockbuster em cartaz, vejam é filmes como este que ninguém vos levará a mal. É certinho que no dia seguinte não andarão discutir se… ou melhor, a falar mal do facto da galinha da vizinha ser mais gorda que a vossa, pois ainda andarão hipnotizados com those bottomless eyes.

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