quinta-feira, 18 de outubro de 2007

RRRrrrr!!! – 2004

Non sense mais non sense mais non sense com a falta de elegância incaracterística de um francês. Alain Chabat, realizador e actor, deve venerar os Monty Python e portanto, como bom discípulo, segue os seus ensinamentos que são: nenhuns. Tudo existe num universo sem sentido, até o próprio filme, e como tal nada deve fazer sentido. Nem o fim, nem o meio, nem o princípio devem corresponder a um mínimo de lógica (não necessariamente por esta ordem, como Godard não diria mas filmaria.) É certo que no final a satisfação de o ter visto não é tão grande como aquela sentida após se assistir a um filme da pandilha Python, mas não desmerece o reconhecimento. Deixai Chabat aperfeiçoar a máquina e a quinquilharia que no futuro teremos alguns filmes mais que interessantes.
Lembro-me de Chabat no famoso, e sobrevalorizado, Le gôut dês autres com uma actuação minimalista. Neste também anda pelo mesmo registo, o filme à volta dele é que anda todo histérico, e a certa altura lembrei-me de um Takeshi Kitano ou de um Buster Keaton num filme dos Monthy Python… é exagero meu esta extrapolação... ok, deixem-no aperfeiçoar as técnicas pythonescas e depois logo pensemos noutros horizontes.
A história do filme é mais ou menos assim: num tempo pré-histórico (faz sentido o absurdo, não sabiam contar histórias), numa povoação onde todos se chamam Pierre, ocorre um assassinato que desencadeia uma investigação levada a cabo pelos nativos. A isto junte-se uma rivalidade entre povoações, a que tem o segredo do champô e a que não tem, e já está. O resto são piadas atrás de piadas, non sense atrás de non sense, e no final partimos para outra.

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